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As "ondas"do café

  • Foto do escritor: Vlad Minharro
    Vlad Minharro
  • 6 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura


Se você aprecia verdadeiramente um café e gosta de conversar, ler e saber mais sobre o assunto, provavelmente deve ter ouvido falar em algum lugar que estamos na "terceira onda" do café. Mas o que são essas ondas, o que significam? Podemos dizer que as ondas são a forma que o café foi encarado e tratado desde seu surgimento enquanto bebida universal a 2 séculos.


Primeira onda


Considera-se que a "primeira onda" surgiu logo após a 2ª Grande Guerra, que com uma Europa arrasada o café se tornou uma fonte importante de energia, sem nenhuma preocupação com a qualidade ou sabor: o café era um elemento secundário, normalmente acompanhando refeições. Sua democratização marca também o surgimento das máquinas de cafés espressos (importantes na próxima onda), cafés solúveis, e foi extremamente importante para o Brasil, maior produtor na época e que possuía no café seu principal produto de exportação.


SEGUNDA ONDA


O início da segunda onda coincide com o surgimento de um dos maiores ícones do comércio de cafés moderno: A Starbucks. Em 1971, inspirados pelo surgimento da Peets Coffee & Tea, em 1966, os professores Jerry Baldwin e Zev Siegel, e o escritor Gordon Bowker abriram uma loja de grãos e insumos para café em Seattle, que mais tarde seria adquirida pela Il Giornale, rede de cafeterias de um ex-funcionário da Starbucks, que unificou as operações e passou a vender grãos e bebidas para serem consumidas.

É o início da preocupação com a origem, qualidade e sabor do café, e com as possibilidades que as diferentes torras ofereciam. O café deixou de ser um mero coadjuvante e começou a ser considerado pelo sabor, atraindo também um público mais jovem devido à grande variedade de bebidas a base de café que surgiram na época.

Também é nesse momento que a profissão de barista passa a ser valorizada.


terceira onda


Para a maioria dos especialistas, é o momento atual em que vivemos, em que a massificação do café passa a dar lugar a uma experiência mais personalizada, dando muita importância à qualidade, origem, variedade e técnicas de extração. O consumidor se torna mais exigente e o café passa a um papel de protagonista. Cafés especiais, microlotes, variedades exóticas, métodos de extração diferenciados se tornam assuntos recorrentes entre os apreciadores, que querem extrair o melhor do café em suas casas e esperam que os estabelecimentos que oferecem a bebida façam o mesmo. O preparo da bebida na frente do cliente passa a ser mandatório, assim como a preocupação com a qualidade da bebida e com fatores como a sustentabilidade. É a época do surgimento dos coffee lovers.


quarta onda?


Vivendo o auge da terceira onda, os especialistas já começam a especular qual seria a quarta onda. Enquanto alguns dizem que está ligada ao preparo do próprio café em casa, da torra a à xícara, outros vêem a popularização e disseminação do café de qualidade de forma massiva para o público em geral como o começo da nova onda. Mas isso, é esperar para ver!



(Foto de julie aagaard no Pexels)



 
 
 

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